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Projeto de Emerson Leitão Filho socializa arte de escultura e tornearia

Por Paulo Albuquerque

O projeto Escola de Artes foi mais uma iniciativa que ganhou vida durante o ano de 2021 sob os cuidados do artista plástico gurupiense Emerson Leitão Filho. Estimular a escultura em pedra sabão, eM argila e a criação de objetos de arte com a tornearia em madeira são alguns dos objetivos deste curso teórico-prático. “Começamos no dia 03 de maio, quando postamos a primeira aula gravada”, informa Emerson.

As vídeo-aulas estão liberadas para o público em geral no canal Atelier Pau e Pedra, no Youtube. “Os recursos do Edital Aldir Blanc – Tocantins do Governo do Estado do Tocantins, com o apoio do Governo Federal, Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Fundo Nacional de Cultura, nos ajudaram na manutenção das atividades nesta pandemia, além de proporcionarem a oportunidade de repassar meus conhecimentos às pessoas”, afirma Emerson.

A última etapa do projeto será uma exposição virtual das obras produzidas neste período, pelos alunos e pelo instrutor das Oficinas. E foram feitas muitas peças.” Ano passado foi extremamente difícil e pensei até em fechar o atelier. Graças aos projetos que aprovei pude me manter e assegurar a continuidade das atividades”, diz. “Assim como no projeto de Micro-tornearia, tivemos que nos valer das ferramentas para a comunicação remota. E obtivemos êxito”, assegura o professor.

Desmistificando os processos

O projeto Escola de Artes foi importante para mostrar a quem dele participou como aprendiz que todos podem ser criativos, e que qualquer um com intuição e técnica pode se tornar artista, produzindo artefatos para sua felicidade pessoal ou para fazer disso uma atividade ficanceiramente viável. O curso abriu caminhos para as artes plásticas, desmistificando o processo de criação por meio de técnicas de produção para esculpir em pedra sabão, argila e da tornearia em madeira.

“No meu caso, a arte é um meio de vida desde sempre. A inspiração é importante, mas precisa transpirar bastante. Não basta ter ideias brilhantes, tem que desenvolver as técnicas e não ter medo de trabalhar, de ousar”, diz Emerson. O artista mora em Gurupi desde os quatro anos. Sua família veio de Alto Parnaiba-MA e é pioneira na região. “Não cursei faculdade de Belas Artes, mas com muito empenho me desenvolvi nas várias atividades artísticas a que me propus”, completa Emerson. hoje, ele trabalha com madeira, pedra sabão e argila; e constrói a maior parte das ferramentas que utiliza, a exemplo do torno para trabalhar com madeira.

Novas parcerias

O curso Escola de Artes foi intensivo e desenvolveu-se por meio de três oficinas: escultura em pedra sabão, escultura em argila e objetos de arte torneados. O resultado positivo do curso pode ser observado pelas possiblidades que Emerson foi encontrando no transcorrer do ano. Ele comemora agora as parcerias que obteve junto à Diretoria Regional de Ensino e à Secretaria Municipal de Cultura, que divulgaram os conteúdos/vídeos postados no canal do atelier para que professores e alunos das duas redes aproveitem as informações lá contidas. “Tivemos, até o momento, mais de quatro mil visualizações, que pode aumentar muito a partir de agora, e mesmo após o final das oficinas”, diz.

Os trabalhos produzidos farão parte de uma exposição virtual que será disponibilizada no YouTube e outras mídias sociais. Dessa forma, espera-se atender a sociedade tocantinense no seu direito de acesso à cultura local.  Outro objetivo do projeto é estruturar o atelier com equipamentos e matéria prima para assegurar a continuidade da produção de Arte.

Jair Nunes, aluno aplicado

Jair Nunes tem 57 anos e mora em Gurupi há três anos. Ele veio de São Paulo e diz que participar das oficinas com o professor Emerson foi um privilégio. Jair já produzia artesanato e entalhe em madeira. “Sempre gostei, e agora estou tendo a oportunidade de desenvolver minhas técnicas para trabalhar com escultura em pedra sabão e argila”, diz.

Para o artista/aluno, é muito importante que sejam criados mais espaços para formar artistas. “Eu vi o cartaz divulgando o curso e me interessei. Mas quantos poderiam ter feito e não tiveram essa oportunidade? Eu acredito que podemos melhorar a oferta de cursos”, opina Jair. Para ele, o principal de tudo o que aconteceu neste ano, além do aprendizado que obteve no curso, foi conhecer outras pessoas que estão criando. “esses contatos ajudam muito”, completa.

Enquanto exibe os trabalhos que desenvolveu, Jair revela uma mania que o ajuda bastante no processo de criação: fotografia. Ele fotografa quase tudo o que vê: folhas, animais, paredes…tudo. “(…) e sou muito observador, presto atenção aos detalhes de tudo o que vejo, e isso me ajuda nos processos”, revela. Para o professor Emerson, essa característica de Jair o ajuda muito, pois no meio ambiente estão elementos e informações preciosas para serem aproveitadas, assimiladas e desenvolvidas.

As oficinas do Escola de Artes seguem até o final de janeiro, do próximo ano. Quem desejar mais informações, pode entrar em contato com Emerson Leitão Filho pelo fone/watts 98473 2953.

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